Participando como secretário na audiência pública que debateu os rumos do futebol profissional em Mato Grosso do Sul, realizada na sexta-feira (7), o vereador Professor André Luis avaliou como positivo o debate levantado na Câmara Municipal. O encontro foi uma propositura do vereador Beto Avelar, que é membro da Comissão de Educação e Desporto da Casa de Leis.

Ainda de acordo com o parlamentar, a investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão do Crime Organizado (Gaeco) que mira a possíveis crimes cometidos dentro da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), veio para sacudir o cenário, já que muitas pessoas sabiam das situações investigadas, mas não tomavam a iniciativa ou uma atitude.

“Com essa investigação e o debate na Câmara tivemos uma noção do que realmente está acontecendo no cenário do futebol em MS. O que diagnostiquei primeiro é uma falha grave no estatuto da Federação, que permite a reeleição indefinida, fazendo com que um pequeno grupo domine a cena, o que é péssimo porque viola as normas do Direito Civil.” afirmou André Luis.

A investigação a qual o vereador se refere foi desencadeada pela Operação Cartão Vermelho, deflagrada em maio, pelo Gaeco, que acabou com a prisão do então dirigente da entidade, Francisco Cezário de Oliveira. Agora, a Federação está sob a intervenção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que designou Estevão Petrallás para ocupar a presidência interina da entidade.

Cezário é acusado de orquestrar uma organização criminosa que agia no desvio e lavagem de dinheiro dentro da instituição. Supostamente, os valores desviados eram tanto os que vinham do Estado de MS, por meio de ações de fomento para o esporte, quanto recursos vindos da CBF.

O debate contou com a participação ativa de dirigentes e ex-dirigentes de clubes da Capital e do interior, bem como de atletas, entusiastas do esporte e de vereadores da Casa, como Júnior Coringa e Otávio Trad.

Em diversas falas, o estatuto da Federação e a duração do mandato de Cezário, que estava à frente da Federação desde 1997, ou seja, há 27 anos, foram apontados como facilitadores para que os supostos crimes fossem cometidos dentro da entidade.

Jorge Dauri de Oliveira, presidente do clube Vila Nova, afirmou que um dos pontos críticos do Estatuto que precisa ser revisto é o fato de que a diretoria da entidade é formada por um presidente e mais 10 vices que, de forma geral, estão à frente de algum clube na Capital ou no interior.

“Todos sabiam do desmando do Cezário e sua quadrilha, todos sabiam e foram coniventes, pois ninguém se levantou para defender. O TJD [Tribunal de Justiça Desportiva], na minha época, era o puxadinho da Federação. Se ficar uma federação com 10 vices, todos presidentes de clube, vai mudar o que?”, perguntou.

Outros participantes enfatizaram a importância de usar o momento para implementar mudanças na Federação e no modo de gerir o futebol regional, sendo que um dos caminhos apontados é justamente a modificação no Estatuto da Federação, o que é defendido também por André Luis.

“O estatuto não está adequado às regras do Direito Civil e quando não tem espaço para renovação, há um vício na própria estrutura. A democracia vive de renovação e isso precisa ser colocado no estatuto”, afirmou.

Para o vereador, este momento é oportuno para que a Federação comece uma nova gestão e coloque o esporte de MS novamente em um bom patamar.

“O futebol sul-mato-grossense desapareceu e todo mundo estava acomodado e isso veio para sacudir as bases e ver se Mato Grosso do Sul tem uma federação à sua altura. É uma das soluções para colocar o futebol de MS novamente no lugar que ocupou anos atrás”, concluiu.

Confira a audiência pública na íntegra:

Ana Clara Santos

Assessoria de Imprensa do Vereador

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