O projeto de lei nº 10.897/23 de autoria do vereador Professor André Luis, que prevê a obrigatoriedade de pavimentação das ruas de Campo Grande usando piso intertravado estará em pauta para votação na Câmara Municipal nesta quinta-feira (20).
André Luis aponta que, à primeira vista, a pavimentação com bloquetes de concreto pré-fabricado pode causar estranheza para a administração pública e população, contudo, consiste em uma opção mais econômica, prática e sustentável que o asfalto comum.
A proposta ainda destaca que, se aprovada, este tipo de pavimentação seria implantada nas vias ainda não asfaltadas, cuja velocidade média é de 40 km/h, tendo em vista o menor impacto causado por veículos que não precisam trafegar em alta velocidade.
Em sua justificativa, o vereador menciona que esta é uma alternativa para proporcionar melhorias na infraestrutura da cidade e retornar ao contribuinte, em forma de serviços prestados, os valores pagos em impostos.
Além disso, destaca que por ter um baixo custo de manutenção e fácil implantação, sem a necessidade de aplicação de rejunte de cimento ou argamassa, os recursos públicos seriam melhor empregados.
“Uma vez que os recursos para execução e manutenção dos pavimentos urbanos têm origem nos impostos pagos pela população, há a necessidade de ofertar serviços com melhores condições de manutenção”, afirma o parlamentar no texto apresentado.
André Luis explica que, apesar do asfalto composto de brita, areia e betume ser o mais comum no Brasil, há diversas cidades que usam os bloquetes. O vereador ainda destaca que o valor de manutenção para este tipo de pavimentação é menor se comparado com o asfaltamento padrão, que precisa de reparos ao longo do tempo.
O vereador aponta que esse método é mais sustentável e pode auxiliar no enfrentamento de enchentes, uma vez que, a ausência de rejunte faz com que as águas pluviais infiltrem nas brechas existentes entre os bloquetes, que são fixos no chão por uma camada de areia ou pó de pedra, que são extremamente absorventes.
Vale esclarecer que os bloquetes são mantidos no lugar justamente por meio do intertravamento, ou seja, parte da carga de uma peça é transmitida para a peça ao lado devido ao atrito entre elas.
Além disso, este padrão de asfaltamento pode auxiliar no conforto térmico da cidade, já que blocos de cores mais claras absorvem menos calor. Ainda há a possibilidade de aplicação dos modelos vazados, os quais permitem o cultivo de grama, aumentando o escoamento de água e alívio das temperaturas, reforçando o caráter sustentável do método.
Para sustentar ainda mais a proposta, o vereador lembra que este tipo de pavimentação traz maior segurança para o tráfego de veículos de pedestres e veículos, já que os blocos possuem propriedades antiderrapantes.
“Isso significa que pode ser usado em trechos de ruas e estradas íngremes ou com curvas sinuosas, permitindo que motoristas tenham mais controle de seus automóveis. Além disso, as propriedades antiderrapantes deste piso são muito benéficas para deficientes visuais e cadeirantes, principalmente porque é possível instalar peças com relevos que ajudam essas pessoas a se guiarem pelo ambiente”, enfatiza trecho do projeto.
Portanto, considerando as vantagens e custo-benefício deste tipo de pavimentação, o vereador propõe que o projeto seja aprovado pela Câmara Municipal, o que irá contribuir para a resolução da falta de asfalto em Campo Grande, problemática que perdura há anos e traz muitos transtornos aos moradores da Capital.
“A presente proposição encontra amparo na existência de iniciativa parlamentar para a fixação de normas de precipito interesse local. Assim sendo, requeiro aos nobres pares, a aprovação do presente projeto frente a sua relevância para Campo Grande”, finaliza André Luis.
Ana Clara Santos
Assessoria de Imprensa do Vereador