Diante do lançamento das obras do Hospital Municipal, anunciado pela prefeitura de Campo Grande, na segunda-feira (1º), o vereador Professor André Luis usou a tribuna durante a 38ª sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada na terça-feira (2), para cobrar uma discussão mais aprofundada a respeito do projeto.

Em sua fala, o vereador destaca que o questionamento não é em relação à necessidade de ter um hospital municipal, mas é preciso entender como o projeto foi desenvolvido e será executado, bem como quais os impactos que irá trazer para a população e aos cofres públicos da Capital.

“Sou totalmente a favor do hospital, não há dúvidas quanto à necessidade, mas o que a gente quer discutir é a forma como está sendo construído, porque o projeto não passou por uma discussão ampla e não teve sequer uma audiência pública sobre o assunto”, afirmou André Luis.

Conforme o divulgado pelo site da Prefeitura, o hospital será construído no formato Built to Suit, ou seja, “construído para se adequar”. Dessa forma, a empresa que ganhar a licitação deverá executar a obra conforme o projeto, equipar todo o hospital e administrá-lo em troca de um aluguel de R$ 5 milhões pagos pelo Executivo.

O valor do aluguel foi justamente um dos questionamentos feitos pelo parlamentar durante sua fala. De acordo com ele, o tempo do contrato deve ser de 25 anos, o que resultará em um gasto que deve ultrapassar R$ 1 bilhão ao final deste período.

Além do valor do aluguel, André Luis ainda questiona se foram feitos os estudos necessários para a implantação do hospital, já que empreendimentos dessa proporção precisam seguir uma série de avaliações para considerar os impactos que são causados a curto, médio e longo prazo.

“Foram feitos estudos na vizinhança para saber se eles querem mais um hospital? Por ser um hospital público, é de fácil acesso à população? Foi feito estudo de impacto ambiental? Essas discussões preliminares são fundamentais para a construção desse lugar”, enfatizou.

Além disso, o vereador questionou a escolha do local onde o complexo hospitalar será construído: um terreno no bairro Chácara Cachoeira, onde quase não há linhas de ônibus para facilitar o acesso da população ao serviço de saúde.

“Vai ter que criar vias porque ali não tem acesso pelo coletivo. Além disso, a área prevista comporta uma futura ampliação? Foi feita uma avaliação do trânsito? Porque estamos pensando na cidade de Campo Grande de hoje, mas e Campo Grande daqui 20 ou 30 anos?”, questionou.

Ainda em relação à localização, André Luis sugeriu que o hospital fosse construído na Avenida Ernesto Geisel. De acordo com ele, essa é uma via larga e de maior velocidade em que há vários terrenos públicos disponíveis onde o empreendimento poderia ser implantado.

“Faltou uma discussão mais ampla para construir o projeto desse hospital, porque ele não passou pela Comissão de Saúde da Câmara e nem pelo Conselho Municipal, muito menos pela Comissão de Parceria Público-Privada. Não tem estudo de impacto financeiro da construção e nem da manutenção do prédio”, ressaltou, destacando mais uma vez que Campo Grande precisa do hospital, mas é necessário que a obra seja feita com responsabilidade financeira e social.

Ana Clara Santos

Assessoria de Imprensa do Vereador

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