Na manhã desta segunda-feira (19), o vereador Professor André Luis, participou da audiência pública “Falta de Vagas na Educação Infantil: O tempo da criança é agora”, de propositura da vereadora Luiza Ribeiro.

O tema foi debatido pelos vereadores e autoridades em Educação que mostraram a necessidade de a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) buscar soluções eficientes e duradouras para o problema.

Em sua fala, André Luis afirmou que as estatísticas da Educação, não apenas em Campo Grande, mas em todo o país, o entristecem. De acordo com ele, “a gente continua patinando”, especialmente em relação à Educação Infantil e Ensino Fundamental, séries dos anos iniciais da aprendizagem.

“A Educação tem que ser uma política de Estado e não de governo. Considero como maus-tratos quando vejo uma criança fora da creche, fora da escola, porque, com o tempo, ela vai perdendo a capacidade de aprender e é preciso aproveitar essa fase dos primeiros anos para estimular o ensino”, afirmou.

Além de apontar a situação das crianças fora da escola, o vereador destacou que chama atenção a situação do analfabetismo no país.

“O Brasil continua com índices de 8 a 9% de analfabetos. A educação é literalmente fundamental, o próprio nome já diz”, apontou.

De acordo com dados da própria SEMED, em julho de 2024, existiam cerca de 8,4 mil crianças esperando por uma vaga na Educação Infantil, ou seja, nas séries que abrangem alunos de até 3 anos.

Para lembrar aos presentes que os números falam de crianças desassistidas, as listas de espera foram impressas e organizadas em varais que se entendiam por quase todo o plenário.

Ainda conforme as informações apresentadas, se considerar a quantidade de crianças fora da escola, é preciso que a Capital construa 34 novas unidades de ensino com capacidade para 250 crianças.

Esta quantidade é considerada ideal para que não haja superlotação nas salas de aula, evitando a precarização do serviço e das condições de trabalho oferecidas para os profissionais da Educação.

No entanto, o cenário é outro. Enquanto milhares de crianças precisam de apenas uma oportunidade, é comum ver em Campo Grande obras de construção e ampliação de escolas inacabadas e abandonadas, situação que já foi mostrada em fiscalizações realizadas por André Luis.

Além de destacar que é preciso valorizar a educação oferecida para as crianças, André Luis lembrou que a falta de vagas também afeta as finanças da família, uma vez que, muitas vezes, a mãe precisa parar de trabalhar para cuidar dos filhos que ficam em casa porque não conseguem uma vaga na escola.

“O impacto também é financeiro porque a mãe da criança que não está na escola não pode sair para trabalhar, o que diminui a renda da família. Campo Grande tem mais de 2 mil vagas a serem preenchidas, mas falta mão de obra porque as mães não podem trabalhar”, destacou.

Por fim, o vereador lembrou que a falta de vagas é um problema que acaba por retirar o futuro da criança, já que ela não terá oportunidade de estudar como todas as outras.

“Essa política de educação tem que ser tratada de maneira muito mais séria e responsável. A Educação é o começo e o fim de tudo” concluiu.

O debate foi aberto e, além dos vereadores e do secretário municipal de Educação, também usaram a tribuna professores e representantes sindicalistas, que falaram sobre a importância do investimento nas escolas.

Não houve um encaminhamento prático, contudo, Lucas Bitencourt garantiu que a pasta está trabalhando para melhorar as condições para dar o devido suporte para todos os alunos e professores.

Confira a audiência pública na íntegra:

Ana Clara Santos

Assessoria de Imprensa do Vereador

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