Mesmo havendo o inquérito, “câmara não pode ser omissa”, disse o vereador Prof. André Luis
Na manhã desta segunda-feira (25), seis vereadores de Campo Grande se reuniram com o secretário de segurança pública de Mato Grosso do Sul, Antonio Carlos Videira, e o delegado-geral da Polícia Civil, Roberto Guimarães, para discutir os andamentos das investigações sobre as denúncias de assédio contra o ex-prefeito Marquinhos Trad.
Durante a conversa, o principal pedido feito pelos vereadores foi o de celeridade no processo. Eles disseram ainda que, já na primeira sessão da Câmara, vai ser feito o pedido para abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), uma vez que as denúncias falam de fatos ocorridos enquanto Marquinhos ainda era prefeito da Capital.
“A Polícia Civil é um órgão estadual, ou seja, mesmo que esse seja um momento político, a instituição vai continuar. Nós estamos aqui trabalhando não em um caso político, mas sim em um caso de polícia. É preciso que se entenda isso, pois queremos trabalhar de uma forma técnica e célere respeitando todos os tramites legais”, explicou o delegado.
No decorrer da reunião, foi esclarecido que até o momento já existem oito mulheres que procuraram a polícia para fazer uma denúncia, sendo que cinco delas já estão sendo ouvidas e investigadas.
Uma das principais preocupações tanto da polícia quanto dos vereadores é que as mulheres tenham seu sigilo preservado ao fazer as denúncias, por isso, foi criado um canal exclusivo para denúncias de assédio contra o ex-prefeito. Este telefone, ficará 24h por dia nas mãos da delegada Maira Pacheco Machado, responsável pelas investigações e conta também com WhatsApp: (67) 9 9324-4898. Por este número, as vítimas podem enviar qualquer prova que tiverem, como vídeos, conversas, imagens etc.
Pedido de CPI –
Para que uma CPI seja instaurada, é preciso de dez votos, no momento sete vereadores já se pronunciaram a favor. Hoje, participaram da reunião a vereadora Camila Jara, os vereadores Tiago Vargas, Professor André Luis, João Cesar Mattogrosso, Marcos Tabosa e o Coronel Alirio Villasanti.
Única mulher dentro da Câmara, Camila Jara falou sobre a importância das investigações,”Eu espero que nenhum dos lados venha se valer dessa situação. Nós pedimos rigor e celeridade nas investigações”.
O vereador Professor André Luis, explicou que entende as diferenças entre uma investigação policial e a CPI, uma vez que este caso corre em segredo de justiça. Em entrevista ao JD1 Notícias, ele comentou que tudo isso será discutido durante sessão na Câmara. Assista:
O caso segue em segredo de justiça. Na manhã de terça-feira (26), a delegada responsável pelas investigações, Maira Pacheco Machado, dará uma coletiva de imprensa para responder as principais questões sobre o assunto.
Redação do JD1 TV Notícias