Após um grupo de servidores municipais aposentados se manifestar na Câmara Municipal de Campo Grande, durante a 47ª sessão ordinária, realizada nesta terça-feira (20), reivindicando reajuste salarial, o vereador Professor André Luis usou a Palavra Livre, no mesmo dia, para se posicionar a favor do movimento e garantir à categoria a realização de uma audiência pública para debater o assunto.
O vereador afirmou que tem acompanhado com preocupação a situação financeira do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG). De acordo com ele, a instituição, responsável por recolher a contribuição previdenciária dos servidores concursados, tem um prejuízo mensal de R$ 7 milhões, o que justificaria a falta de reajuste na aposentadoria.
“Acompanhamos há tempos a situação do IMPCG, que é caótica. O servidor pensionista não consegue ter o reajuste que ele merece, porque tem um rombo causado pela falta de gestão”, afirmou André Luis.
Ainda de acordo com o parlamentar, além da falta de gestão, o que também contribui para o prejuízo encontrado nas contas do IMPCG é o fato da municipalidade empregar cerca de 13 mil pessoas em cargos comissionados ou de confiança, ou seja, funcionários que não são efetivos e, por isso, não recolhem para a previdência municipal.
“Hoje, Campo Grande tem cerca de 13 mil comissionados que não recolhem para o IMPCG. Assim, além de pagar para o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], a prefeitura paga dobrado para o Instituto Municipal por causa desse rombo de R$ 7 milhões”, afirmou André Luis.
O vereador destacou que ingressou com uma Ação Civil Pública contra Campo Grande por entender como abuso a gestão empregar 13 mil comissionados, sendo que o número de concursados é de 17 mil pessoas.
“Nós, vereadores, vamos nos mobilizar para fazer uma audiência pública, até porque estamos em uma época de mudança de gestão e nós queremos saber dos novos gestores como vai ficar daqui pra frente. Estamos comprometidos a entender o que de fato está acontecendo no IMPCG”, concluiu.
Além de reivindicar por reajuste, já que os salários estão congelados há mais de 10 anos, os aposentados, que se articulam em um grupo independente, também protestaram contra os descontos no plano de saúde que, de acordo com ele, são elevados e interferem no orçamento doméstico.
Ana Clara Santos
Assessoria de Imprensa do Vereador