Presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Professor André Luis voltou a repercutir as problemáticas que precisam ser enfrentadas com a repactuação do contrato com a CCR MSVia, responsável pela operação e manutenção da BR-163, uma das principais rodovias de Mato Grosso do Sul.
A fala aconteceu durante a 73ª sessão ordinária de 2024, realizada nesta terça-feira (26), quando a imprensa local cobrou um posicionamento do vereador em relação ao assunto, que já foi debatido em duas oportunidades na Casa de Leis.
Apesar de ser um tema debatido há certo tempo pelos parlamentares, o tema voltou a ter força após o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovar a repactuação e aditivo de R$ 9 bilhões no contrato, valor que deverá ser investido de forma imediata em diversas melhorias e obras na via, que inclui o Anel Viário de Campo Grande.
De acordo com o vereador, um dos pontos a serem analisados nesta repactuação e que merece a atenção da Câmara é justamente a previsão das obras a serem realizadas no rodoanel da Capital, já que há trechos dessa via que estão bem próximas ao perímetro urbano e necessitam de ações para garantir a segurança de moradores e usuários da rodovia.
André Luis aponta que um dos pedaços mais problemáticos da rodovia é o que compreendido da saída para Cuiabá até a saída para Dourados, já que os bairros naquela região estão crescendo rumo à BR-163 e, por isso, a via deveria ser considerada uma avenida perimetral a fim de terem trânsito de caminhões e velocidade controlados.
Com diversas problemáticas, a duplicação do trecho é apontada como uma das soluções cabíveis para a mobilidade urbana no local. No entanto, para o vereador, essa obra, que permitiria o trânsito de caminhões bitrem colocaria a vida dos usuários da via em risco.
“Hoje eu considero aquele trecho uma avenida perimetral, já que ali não circulam apenas carros e caminhões. A gente não pode permitir que ali seja duplicado para a passagem de caminhão bitrem. O ideal é a transformação desse pedaço para que, de fato, seja uma avenida perimetral e o anel seja desviado para passar atrás do Autódromo Internacional”, apontou André Luis.
Segundo publicações na imprensa local, uma das melhorias previstas na repactuação envolve a duplicação de 203,02 quilômetros da rodovia, contudo, não foi divulgado se o trecho em questão será um dos que passarão por obras deste tipo.
“Temos que acompanhar esse contrato para impedir que esse trecho não seja duplicado e para que demanda de Campo Grande por um novo Anel Rodoviário não seja desassistida, haja vista que cidade está crescendo bastante naquela região e não podemos, daqui 30 anos, ter uma rodovia passando por dentro de bairros”, afirmou.
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
O tema já foi debatido em duas audiências públicas na Câmara Municipal, em 2023 e 2024, oportunidade em que o parlamentar expressou as mesmas preocupações, principalmente em relação à segurança dos moradores dos bairros que estão crescendo no entorno do Anel Viário, como o Noroeste e o Jardim Veraneio.
O assunto também preocupa as autoridades em trânsito, que estiveram presentes na audiência realizada em junho deste ano, presidida pelo vereador André Luis.
De acordo com os estudos feitos por órgãos como o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) a duplicação poderia ser uma das soluções, mas existe a possibilidade de reformular o traçado da rota, o que é defendido pelo parlamentar.
“Na condição de presidente da Comissão de Mobilidade Urbana sugiro que este trecho, que é próximo de condomínios e comércios, seja transformado em avenida perimetral e o Anel Viário seja desviado. Temos que pensar em Campo Grande para o futuro e adiantar isso agora”, concluiu.
Ana Clara Santos
Assessoria de Imprensa do Vereador